Muito prazer, eu sou a morte

Quando eu tinha oito anos faleceu um tio meu, irmão da minha mãe. Ele já estava doente há algum tempo, e por isso não foi de todo uma surpresa quando essa notícia chegou. Lembro que minha mãe chorou bastante, e quando chegamos ao funeral, vi outros parentes da minha mãe chorando também. Apesar de saber que o irmão não estaria mais sofrendo como antes por causa da doença, aquela perda ainda assim doía muito para todos eles.

Há alguns anos atrás, perdi uma grande amiga num acidente de carro. Foi algo totalmente inesperado e que doeu durante muito tempo. Ainda hoje sinto saudade dela!

A morte é uma intrusa em nosso planeta. Nunca deveria ter entrado aqui. Mas ela é consequência direta do pecado, “porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Imagine o que deve ter sido para Adão e Eva perceber o que isso significava. Ellen White comenta no livro Patriarcas e Profetas, p. 62 que “testemunhando eles, no murchar da flor e no cair da folha os primeiros sinais da decadência, Adão e sua companheira choraram mais profundamente do que os homens hoje fazem pelos seus mortos”.

Por não termos sido criados para morrer, temos esse sentimento de aversão à morte. Ninguém em sã consciência acha que a morte é algo bom ou desejável. Não é um presente, mas um fardo que suportamos neste mundo.

Médicos, cientistas e guias espirituais procuram de várias formas vencer esse desafio, mas até agora nada conseguiram. Técnicas que vão do congelamento criogênico à clonagem, passando pela reencarnação, são apenas tentativas desesperadas de criaturas mortais prolongarem sua estada num mundo com prazo de validade quase vencendo.

Pense: Todos os dias milhões de pessoas morrem em nosso mundo, vítimas da guerra, de doenças, da violência urbana, de acidentes. Quantas destas pessoas têm em seu coração a esperança de que Jesus um dia voltará e os ressuscitará para viverem em um mundo perfeito e sem a sombra da morte?

Desafio: Essa esperança é real para você? Ela significa algo em sua vida? Em algum momento você já teve que se agarrar a ela e dizer, “sim, eu acredito”?

[retirado de Escola no Ar]